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A pedido do amigo Vitor Alves, decidimos deixar um registo do nosso novo trabalho (ainda em inicio de desenvolvimento).
O tema central do trabalho é a criação de uma loja de roupa, distribuída por vários pisos, devendo-se assumir como uma referência na cidade de Paredes.
O local, precisa urgentemente de ser revitalizado, de lhe ser conferida alguma identidade, e vivências mais abrangentes.
O nosso objectivo não passa pela recuperação ou pela tentativa de rematar algo, antes porém, gostaríamos de conferir um elemento de rotura, capaz de ser ele próprio o elemento de remate deste gaveto.
Como falamos de uma loja de roupa, e a condição máxima do cliente passam por montras... muitas montras, assumimos desde início que o que quer que possamos vir a criar aqui, seria um volume (ou vários) em vidro, sendo posteriormente "embrulhado" como um elemento tipo "pele" que poderia inclusive ser um elemento eventualmente mutável, espelhando o conceito da moda enquanto tema central do edifício...
A nossa procura começou, prometemos ir actualizando este registo...

LocalApesar da aparência o existente não se assume como um elemento relevante a presevar pois todos os elementos "tradicionais" são meras imitações do que se faria na altura.

A nossa procura...

Começamos por um pequeno ponto... verificamos que não servia em termos de área

Passamos para uma solução de 3 pisos desencontrados para maximizar áreas de construção... mas não era isto...

Uma solução interessante passaria pelo jogos dos volumes de forma a fazer a transição do gaveto... demasiadamente igual a muita coisa já feito....

Voltamos ao volume simples... no lote simples... uma caixa em vidro... uma ideia de fashion box

O volume deveria, quanto a nós, ser "talhado" de forma a ir reagindo à solicitação da envolvente...

O volume... reagiu com a envolvente...

Estamos a testar a pele... o embrulho... não liguem ao aspecto... é a primeira ideia...

Em breve teremos mais novidades...

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Um híbrido... um edifício de usos múltiplos, articulados entre si, em tornos de vários vazios comunicantes...
Ainda estamos em fase de desenvolvimento mas deixamos já um "cheirinho" do que poderá vir a ser este nosso novo projecto...










Brevemente mais desenvolvimentos.....

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Um desafio lançado em jeito de brincadeira...
Pegar num pedaço de terreno, localizado em frente à nossa Ponte sobre o Rio Ferreira e propor uma nova solução urbana, capaz de dar mais espaço ao Parque do Rio Ferreira e simultâneamente potenciar a capacidade construtiva do terreno...
Eventualmente um exercício "Dont do it Yourself"... nós achamos que não...

Numa altura onde os mercados económicos estão fragilizados (ou melhor, destruídos) a palavra de ordem para caracterizar esta situação resume-se a.... CRISE (um portuguesismo bem mais engraçado do que Crash).
A sociedade civil parece querer demitir-se da sua "função" que é exactamente gerar riqueza. Aparentemente o Estado (que é pau para toda a colher) terá que dar a volta à tal CRISE, pois as pessoas que orgulhosamente foram construindo a CRISE, não a conseguem "destruir".
A Arquitectura não passa indiferente a estes cenários (mais ou menos dantescos) da economia global, e no que nos diz respeito temos vindo a desenvolver esforços no sentido de produzir "construções" a preços económicos, de forma a podermos dar o nosso contributo para a "morte" da CRISE.
"Sr. Arquitecto, queremos uma casa baratinha..." É o início do discurso da maioria dos nossos clientes, e que para nós é o melhor desafio possível... adoramos.
Acreditamos apesar de tudo que o custo controlado pode ser entendido como mais um elemento conceptual, uma ferramenta reguladora da forma (normalmente obtida pela experimentação num processo intuitivo contínuo) capaz de gerar novas tipologias espaciais com uma riqueza "emocional" muito forte, dando lugar a novas formas de viver a casa por parte dos nossos clientes (nunca dantes por eles imaginadas).
A CRISE para nós assume-se como uma máxima, traduzindo-se na possibilidade de tentar "emagrecer" a arquitectura de tudo o que é adereço, fazendo com que os espaços criados tenham valor estético e plástico por si só. Esta arquitectura procura igualmente a resolução do detalhe, mas um detalhe também ele "emagrecido", reduzido ao "essencial" e igualmente belo.
Naturalmente que tudo isto só é possível com clientes em CRISE (crise de inconformismos e lugares comuns), criativos, capazes de se deixarem seduzir pelo espaço criado - "simplesmente espaço", "simplesmente magro", "simplesmente à sua imagem".

Por vezes a procura por uma solução, leva-nos à criação de vários objectos nem sempre materializados, mas com os quais estabelecemos uma certa empatia... Este projecto é disso um exemplo. É algo surgido algures entre o "nada" e a versão final da habitação, um momento do percurso conceptual que não quisemos deixar passar em branco...

Foi-nos lançado um novo desafio... criar um bloco de apartamentos, numa zona predominantemente rural, capaz de fazer a transição do tecido rural para um tecido que se espera urbano num futuro próximo.

Como sempre a exigência foi obter a maior capacidade construtiva possível...

A nossa abordagem pretende ir ao encontro da cércea dominante, tirando partido do declive natural do terreno e simultaneamente explorar as vistas sobre os campos de cultivo e zonas "virgens" da envolvente.

O edifício procura pela sua forma criar bolsas de descompressão que ampliam virtualmente o espaço público tal como acontecia anteriormente com os campos de cultivo. O bloco descola-se ainda do chão, criando uma zona comercial, e um espaço verde de usufruto público, capaz de funcionar como uma praça, ponto de referência deste local.

Mais um projecto que pode ir para nossa já gigante gaveta... lol

imagem geral da proposta

volume proposto

rés-do-chão liberto de construção

distribuição habitacional