CRISE... Um bom remédio...

Numa altura onde os mercados económicos estão fragilizados (ou melhor, destruídos) a palavra de ordem para caracterizar esta situação resume-se a.... CRISE (um portuguesismo bem mais engraçado do que Crash).
A sociedade civil parece querer demitir-se da sua "função" que é exactamente gerar riqueza. Aparentemente o Estado (que é pau para toda a colher) terá que dar a volta à tal CRISE, pois as pessoas que orgulhosamente foram construindo a CRISE, não a conseguem "destruir".
A Arquitectura não passa indiferente a estes cenários (mais ou menos dantescos) da economia global, e no que nos diz respeito temos vindo a desenvolver esforços no sentido de produzir "construções" a preços económicos, de forma a podermos dar o nosso contributo para a "morte" da CRISE.
"Sr. Arquitecto, queremos uma casa baratinha..." É o início do discurso da maioria dos nossos clientes, e que para nós é o melhor desafio possível... adoramos.
Acreditamos apesar de tudo que o custo controlado pode ser entendido como mais um elemento conceptual, uma ferramenta reguladora da forma (normalmente obtida pela experimentação num processo intuitivo contínuo) capaz de gerar novas tipologias espaciais com uma riqueza "emocional" muito forte, dando lugar a novas formas de viver a casa por parte dos nossos clientes (nunca dantes por eles imaginadas).
A CRISE para nós assume-se como uma máxima, traduzindo-se na possibilidade de tentar "emagrecer" a arquitectura de tudo o que é adereço, fazendo com que os espaços criados tenham valor estético e plástico por si só. Esta arquitectura procura igualmente a resolução do detalhe, mas um detalhe também ele "emagrecido", reduzido ao "essencial" e igualmente belo.
Naturalmente que tudo isto só é possível com clientes em CRISE (crise de inconformismos e lugares comuns), criativos, capazes de se deixarem seduzir pelo espaço criado - "simplesmente espaço", "simplesmente magro", "simplesmente à sua imagem".

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